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 estudo de caso 01 
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Uso de protótipos

em design de brinquedos

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Dante Gambini - The Walt Disney Company (Brasil)

Entrevista feita por email com Dante Gambini

(Gerente de Design de Brinquedos - Disney BR)

São quantos integrantes aproximadamente na sua equipe? E quais as funções deles? Todos são designers/arquitetos ou com formação na área de criação? 

Nós somos em quatro pessoas. Eu sou formado em artes plásticas. O Maurício é um dos integrantes, ele é meu assistente direto, é um designer sênior, formado em webdesign, mas ele tem uma formação bastante grande em design de fato e conhece bastante de produto. Tem mais uma menina, Daiane, ela vem do universo fashion, é um item bem importante na equipe para trazer essas novidades e tendências. E a gente tem um estagiário que está cursando marketing e está dando suporte para uma série de tarefas mais operacionais.

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Quando você recebe um briefing para começar um produto novo. Vocês fazem uma reunião para receber as informações?Nessa reunião, toda a equipe que vai participar no processo de desenho está presente? Estão presentes pessoas de outras áreas também? 

Geralmente quando a gente recebe a demanda de um projeto, ele vem através de um licenciado ou para gente fomentar uma categoria específica. Normalmente a gente faz uma reunião e faz um brainstorming. Dá uma olhada no mercado para saber quais são as tendências e onde o produto vai encaixar de fato. Como a gente tem uma relação mais comercial, então a gente usa muito o lineup de produto que está ativo no mercado e vê as possibilidades de gap e etc. Mas de um modo geral, a gente faz um brainstorming, trabalha os designers e a equipe comercial também bastante. Então é uma atuação em conjunto, tanto a expertise comercial de posicionamento de produto, quanto a expertise de desenvolvimento de produto propriamente.

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Sua equipe utiliza metodologias como Design Thinking, por exemplo? 

Na verdade a equipe usa, não efetivamente a estrutura de Design Thinking, mas a gente está sempre envolvido com esse tipo de situação e etc. Como eu te disse, na verdade a gente tem bastante experiência de desenvolvimento de produto, posicionamento de produto, especificamente brinquedo. A gente leva consideração bastante o target final, a idade e uma série de outras situações que tem que ser levada em consideração, por exemplo, franquia, personagem, o momento do personagem, storytelling, enfim… o licenciamento é um pouco mais complexo nesse sentido. Ele trabalha dentro de um esquema específico. Mas sem dúvida nenhuma, tem bastante elemento de Design Thinking.

 

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Quando há reuniões com o pessoal que não é da sua equipe, como vocês apresentam e discutem o projeto? (Com apresentações de PPT, desenhos, maquetes, etc..?) 

A maioria das vezes quando a gente vai fazer a apresentação, a gente usa às vezes um PPT, às vezes um Keynote, mas ela é bem ilustrada, bem embasada teoricamente em cima de conceito e é bem exemplificada. De uma maneira geral, a gente faz o desenho, posiciona o conceito, ilustra bastante, às vezes descreve, coloca o máximo de informação para que tanto a equipe comercial quanto a equipe do licenciado tenha a percepção que é um produto que vale a pena e que vai ter sucesso.

"Mas a tridimensionalidade é uma coisa importante, então na maioria das vezes a gente trabalha com um tipo de protótipo. Em boneco, por exemplo, a gente trabalha com escultura. Então ela pode ser uma escultura tridimensional, ou uma escultura feita em clay."

—  Dante Gambini 

Vocês criam protótipos, sketchs, 3Ds durante o processo de desenvolvimento? 

São utilizados para analisar o que? (Volumetria, Materialidade, etc..) 

Como a gente trabalha com o brinquedo especificamente, então é bastante tridimensional. Algum deles são mais bidimensionais, como quebra-cabeças e etc. Mas a tridimensionalidade é uma coisa importante, então na maioria das vezes a gente trabalha com um tipo de protótipo. Especificamente em boneco, por exemplo, a gente trabalha com escultura. Então ela pode ser uma escultura tridimensional, ou uma escultura feita em clay. Então ela tem o tamanho aproximado, porque a medida que você vai fazendo todos os processos, ela vai perdendo um pouco de tamanho, até chegar no tamanho final. Mas de uma forma geral, a gente sempre tem um elemento 3D para analisar. Eu, especificamente, faço todas as correções de personagem, levando em consideração as proporções de personagem, detalhe, característica, etc. Mas normalmente, a gente tem algum tipo de protótipo na mão.

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Vocês fazem diferentes mockups? (Por exemplo, um modelo bem simples pra analisar tamanhos e depois um modelo mais elaborado para ver próximo do resultado final). 

Às vezes a gente tem um protótipo mais simplificado para sentir mais ou menos as proporções. Depois a gente recebe uma coisa mais detalhada, mas como o produto tem que ser uma coisa bem rápida, na maioria das vezes a gente passa digitalmente pelas primeiras etapas, tipo percepção de proporção em si do objeto e já vai depois para uma coisa mais detalhada e aprofundada. Para depois receber um mockup mais detalhado, mais preciso. Para depois ir todos os outros processos de criação de molde e etc.

 

Acredito que haja um planejamento de tempo para execução de cada etapa, certo? Quanto tempo é dedicado ao desenvolvimento do design e quanto é dedicado para a execução do MVP (produto mínimo viável)? Existe alguma etapa do projeto que demande muito tempo, que você acha que poderia ser bem mais rápido se houvesse otimização no processo? 

Olha, com relação a tempo de desenvolvimento isso é muito complicado de falar. Na maioria das vezes a gente tem muito pouco tempo, a gente tem que resolver uma coisa muito rapidamente. Então, os processos são muito curtos, a gente tem que ser muito preciso e muito assertivo. Porque a maior parte do processo, e a que demanda mais tempo, é o desenvolvimento de molde e ajuste de toda essa etapa para entrar em produção. Então, de certa forma a gente consegue minimizar os processos de maneira que a gente chegue nesse resultado com muito mais rapidez. Então, a gente elabora o desenho muito rapidamente, aprova esse desenho muito rapidamente, e executa todo o processo até chegar de fato na execução dos moldes.

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Vocês utilizam ou já pensaram em utilizar ambientes imersivos (ex. óculos de realidade virtual) durante o processo de desenvolvimento? Você ou alguém da sua equipe já tentou criar um modelo 3D usando óculos de realidade virtual? 

Eu acho que ainda ninguém teve esse tipo de experiência com óculos de realidade virtual para poder se relacionar com produto, principalmente brinquedo. Hoje, a indústria de brinquedo e o mercado de um modo geral está sofrendo um impacto de modo geral por causa da crise, então acho que isso inviabiliza financeiramente o projeto. Mas sem dúvida nenhuma, em algum momento isso vai entrar dentro do processo, que pode evidentemente trazer mais dinamismo para o projeto.

PDP

Uso de protótipos no

Processo de desenvolvimento de Produto

Estudo de Caso 02

Processo de desenvolvimento

em Cenografia de Jornalismo

© 2019 por CAMILA O. GHENDOV.

Trabalho de Conclusão de Curso

Arquitetura Digital e Projetos Paramétricos

Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

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