Embora a modelagem ​nurbs, na maioria dos casos, seja melhor atribuída para a criação de produtos que necessitam de formas orgânicas, muitos dos ​softwares VR aqui apresentados, não atuam da mesma forma como os softwares tradicionais (ex.: Rhinoceros​). O ​Kanova, por exemplo, atua como se o usuário estivesse manipulando argila, adicionando ou subtraindo massa. Já os softwares com cálculo em ​mesh, apresentaram melhores ferramentas para a edição de geometrias. 

A partir da criação de geometrias básicas, é preciso analisar como ocorre a manipulação de faces, vértices e arestas com o objetivo de produzir modelos mais complexos. ​Softwares ​ em ​mesh, tiveram maior vantagem na manipulação das geometrias. 

Em ​softwares tradicionais, o uso do mouse, teclado e atalhos permitem o melhor aproveitamento das ferramentas padrão, e, com ​plugins, é possível adicionar novos recursos com possibilidades infinitas. Nesse quesito, alguns ​softwares VR possuem apenas ferramentas simples de extrusão e aplicação de texturas, e outros softwares apresentaram ferramentas de diversas complexidades para criação e edição das geometrias e efeitos.

Alguns ​softwares ​ apresentaram a possibilidade de importar objetos já modelados por meio de uma biblioteca externa. O ​VR Sketch, funciona com uma biblioteca colaborativa online gratuita (o ​3D Warehouse ​ do ​SketchUp), já o Sketchbox 3D e o Google TiltBrush ​ necessitam que o usuário previamente coloque os arquivos dentro de um diretório específico no computador. 

Uma das características fundamentais para se trabalhar com a modelagem de protótipos virtuais, é a presença de ​scripts que simulem a colisão entre os objetos, impedindo que um componente atravesse outro durante a manipulação dos mesmos.

Poucos ​softwares apresentaram ferramentas de operação com sólidos, como: união, subtração, intersecção e agrupamento de objetos. O ​VR Sketch e o ​Sketchbox 3D, se apresentaram como promissores na criação de protótipos mais complexos.

Quando falamos de processos de criação de modelos em CAD, é importante averiguar a capacidade de comunicação entre os ​softwares, a fim de permitir que o modelo 3D possa prosseguir por diversas etapas do projeto. Nessa experiência, poucos dos ​softwares analisados apresentaram salvamento e exportação além da extensão .FBX¹, o que dificulta a conversação com ​softwares tradicionais (com extensões, .OBJ, .3DS, .SKP, .RHI, .DWG, .IFC, etc²) e consequentemente, algumas informações geométricas e não geométricas podem se perder durante a conversão de arquivos.

Outro ponto é que, o ​VR Sketch, dentre os que foram analisados, é o único ​software que permite a exportação do arquivo em .STL, para ser enviado para uma impressora 3D de FDM. Essa opção só acontece, porque o ​VR Sketch é um ​plugin ​ que opera dentro do ​SketchUp, e que possui essa função como padrão.